O desenvolvimento tecnológico impõe às corporações adequações na forma de processar informações e um novo jeito de pensar em armazenamento, processamento, proteção e recuperação de dados. E com o avanço da Artificial Intelligence (AI), ou simplesmente Inteligência Artificial, surgem novos paradigmas em relação aos benefícios que este tipo de tecnologia poderá agregar de valor aos processos que norteiam as ações de segurança da informação.

Inteligência Artificial é baseada no comportamento humano em que um dispositivo usará recursos de avaliação e tomada de decisões de forma semelhante ao cérebro. Desta forma, robôs e softwares são desenvolvidos para armazenar um conjunto elevado de dados e aprender com a tarefa desempenhada. A medida que o aprendizado avança, mais complexas são as tarefas que este dispositivo conseguirá resolver de forma autônoma. Umas das ferramentas de AI mais conhecidas é o sistema que interage e soluciona problemas por meio de conversas online, os chamados chatbots.

A disponibilidade de computação e armazenamento a baixo custo e de algoritmos de aprendizado de máquina e código de inteligência artificial prontos devem aumentar a utilização de AI por bandidos.

Considerando que o comportamento humano em muitos momentos é moldado para situações positivas ou negativas, as soluções de AI são totalmente confiáveis? Enquanto não se tem uma resposta satisfatória, o que se prevê é que o setor de segurança da informação deverá ser beneficiado por esse tipo de tecnologia. Isso se deve ao fato dos sistemas de AI terem capacidade de armazenar de grandes volumes de dados e trata-los de forma eficientes a partir de um conhecimento que é gerado e transformado o tempo todo. A disponibilidade de computação e armazenamento a baixo custo e de algoritmos de aprendizado de máquina e código de inteligência artificial prontos devem aumentar a utilização de AI por bandidos e é necessária uma pronta resposta do setor de segurança para lidar com essas ameaças.

Somente o aperfeiçoamento constante poderá garantir uma relação harmoniosa entre o profissional e os dispositivos de AI.

Mesmo com o advento de robôs inteligentes e com grande capacidade de processamento e armazenamento de dados, ainda parece pouco provável que a máquina se torne totalmente independente da interação humana. E toda essa evolução passa a exigir uma maior qualificação e capacidade de adaptação às mudanças impostas por este processo. Sobretudo para quem atua no segmento de tecnologia da informação, pois há uma tendência de crescimento nas pesquisas relacionadas à segurança da informação mesclada com os recursos de Inteligência Artificial.

O que é certo é que as corporações precisam se adaptar e começar a prever que serão necessários investimentos em capacitação de sua mão de obra. Somente o aperfeiçoamento constante poderá garantir uma relação harmoniosa entre o profissional e os dispositivos de AI, sejam robôs ou mesmo computadores que aprendem à medida que executam suas tarefas e são capazes de se aperfeiçoar a cada tarefa executada. Grosso modo, é possível afirmar que estamos diante de um paradigma incerto em que se espera uma relação de confiança e ajuda mútua entre criador e criatura.